quarta-feira, 31 de agosto de 2011

Lição 01 - Gálatas 5.19-21 - As obras da carne


As obras da carne descrevem desejos e atitudes naturais da pessoa sem Jesus Cristo. Se o crente não desenvolver sua nova natureza espiritual, a velha natureza carnal continuará tentando-o e o incitando ao pecado.

Muitos adolescentes cristãos se deixam seduzir por obras da carne. Vejamos alguns exemplos de como elas se manifestam entre eles.
  • Prostituição, impureza e lascívia – referem-se aos desejos e impulsos sexuais pecaminosos. Dizem respeito a todo tipo de imoralidade sexual, como fornicação (sexo antes do casamento), pornografia, erotismo, sensualidade e malícia. Entre os adolescentes, algumas dessas práticas mais comuns são: assistir a filmes e programas humorísticos com piadas vulgares e imorais; ler artigos e reportagens que incentivam práticas sexuais; ficar (estimular sexualmente um ao outro sem compromisso, através de beijos e carícias); ver imagens ou assistir a vídeos pornográficos (na TV ou pela internet); usar acessórios e roupas sensuais ou sexualmente provocantes; promover e permitir intimidades sexuais no namoro (como carícias e estimulação dos órgãos genitais um do outro).
  • Idolatria e feitiçaria – referem-se a todo tipo de crenças e práticas espirituais reprovadas por Deus. Entre os adolescentes, as mais comuns são: adoração a ídolos teens, como cantores, atores e celebridades; crenças em seres ocultos, como deuses e deusas, fadas, duendes, espíritos de mortos, espíritos guia, gurus, guias astrais, entre outros; práticas adivinhatórias como búzios, tarô, leitura das mãos, mapas astrais, horóscopos, entre outros; práticas ocultistas como simpatias, magias, poções e feitiços; jogos e games em que simulam personagens como bruxos, magos e feiticeiros.
  • Inimizades, porfias, ciúmes, iras, discórdias, dissensões, facções e invejas – referem-se a todo tipo de conflitos, brigas e divisões nos relacionamentos humanos, incluindo sentimentos pecaminosos como ódio, egoísmo e inveja. Junto aos adolescentes, observamos isso entre diferentes “tribos” e “panelinhas”; entre garotas que gostam dos mesmos garotos; entre adversários em jogos, games e esportes; entre colegas de classe na escola; entre irmãos na família; entre pais e filhos.
  • Bebedices e glutonarias – referem-se a atos de euforia, excesso de bebidas, excesso de comidas, desregramento, confusão e orgias. São atitudes comumente vistas em festas e baladas que os adolescentes frequentam. Fazem parte dessas práticas: consumo de bebidas alcoólicas (cervejas, chopes, batidas, drinks) e uso de drogas, tais como maconha, ecstasy e cocaína, e todo comportamento excessivo e desregrado proveniente do uso dessas substâncias.

Lição 01 - Gálatas 5.22-23 - O fruto do Espírito


O fruto do Espírito descreve o caráter e as atitudes espirituais do salvo em Jesus Cristo. O crente que desenvolve a nova natureza andando no Espírito terá seu caráter e conduta transformados pelo Espírito Santo, que produzirá nele as virtudes cristãs. São elas:
  • amor, alegria, paz – sentimentos motivadores provenientes da parte de Deus que compõem o caráter do discípulo de Cristo;
  • longanimidade (paciência), benignidade (amabilidade), bondade, fidelidade – atitudes divinas de graça, compaixão e misericórdia para com o próximo, que fazem o cristão refletir a conduta de Cristo;
  • mansidão e domínio próprio – o sobrenatural controle dos impulsos do temperamento e dos desejos do crente demonstram maturidade espiritual, plena comunhão com Espírito Santo e total submissão a Deus.
Conforme John MacArthur, essas nove características ou atitudes "estão, de modo insolúvel, ligadas umas às outras e são ordenadas aos cristãos ao longo de todo o Novo Testamento.
  • Amor - uma das diversas palavras gregas para amor, ágape, é o amor voluntário, referindo-se não à afeição emocional, atração física, ou laço familiar, mas ao respeito, devoção e afeição que conduz ao serviço voluntário e altruísta (Jo 15.13; Rm 5.8; 1Jo 3.16-17).
  • Alegria - uma felicidade baseada nas promessas divinas imutáveis e nas realidades espirituais. É no sentido do bem-estar experimentado por aquele que sabe que tudo está bem entre ele mesmo e Senhor (1Pe 1.8). A alegria não é resultado de circunstâncias favoráveis, e ocorre mesmo quando as circunstâncias são as mais dolorosas e difíceis (Jo 16.20-22).
  • Paz - a calma interior que resulta da confiança no relacionamento de proteção entre uma pessoa e Cristo. A forma verbal indica união e é refletida na expressão "ter tudo isso ao mesmo tempo". Como a alegria, a paz não está relacionada com as circunstâncias da pessoa (Jo 14. 27; Rm 8.28; Fp 4.6-7,9). 
  • Longanimidade - a paciência relacionada a capacidade de suportar as injustiças infligidas por outros e a disposição de aceitar as situações irritantes e dolorosas (Ef 4.2; Cl 3.12; 1Tm 1.15-16).
  • Benignidade - terna preocupação pelos outros, refletida no desejo de tratar os outros com gentileza, exatamente como o Senhor trata a todos os cristãos (Mt 11.28-29; 19.13-14; 2Tm 2.24)
  • Bondade - a excelência moral e espiritual manifestada na efetiva bondade (Rm 5.7). É ordenado que os cristãos exemplifiquem a bondade (6.10; 2Ts 1.11).
  • Fidelidade - lealdade e confiabilidade (Lm 3.22; Fp 2.7-9; 1Ts 5.24; Ap 2.10).
  • Mansidão - uma tradução melhor seria "brandura". É a atitude humilde e bondosa que é pacientemente submissa em toda ofensa, ao mesmo tempo sem o desejo de vingar-se ou dar o troco. No NT, essa palavra é usada para descrever três atitudes: submissão à vontade de Deus (Cl 3.12), disposição para aprender (Tg 1.21) e consideração pelos outros (Ef 4.2).
  • Domínio próprio - diz respeito a refrear as paixões e os desejos (1Co 9.25; 2Pe 1.5-6).
Quando o cristão anda pelo Espírito e manifesta o seu fruto, ele não precisa de uma lei exterior para manifestar as atitudes e o comportamento que agrade a Deus (Rm 8.4)."
(Bíblia de Estudo MacArthur - Sociedade Bíblica do Brasil)

Lição 03 - Jeffrey Dahmer: um serial killer que se tornou cristão

A intrigante história do mais famoso serial killer americano do século XX.


Jeffrey Lionel Dahmer (21 de Maio 1960 – 28 de Novembro, 1994) foi um serial killer norte-americano. Dahmer assassinou 17 homens e adolescentes entre 1978 e 1991, sendo a maioria dos assassinatos ocorridos entre 1989 e 1991. Seus crimes foram particularmente hediondos, envolvendo estupro, necrofilia e canibalismo.

Infância e juventude
Jeffrey Dahmer nasceu em Milwaukee, Wisconsin, no dia 21 de maio de 1960, filho de Lionel e Joyce Dahmer. Sua família se mudou para Bath, Ohio, onde estudou na Revere High School. Tudo indica que teve uma infância normal, mas após os 12 ou 13 anos tornou-se cada vez mais antissocial e desenvolveu o hábito de dissecar animais mortos. Durante a adolescência começou a embriagar-se com frequência, e na época em que se formou no colegial já tinha se tornado alcoólatra.

Jeffrey  Dahmer quando criança - uma infância normal
Dahmer estudou na Universidade de Michigan, mas largou o curso após dois semestres, após ter sido reprovado em praticamente todas as disciplinas. Ele passava a maior parte do tempo bêbado. O pai de Dahmer então o forçou a entrar no Exército, onde a princípio se saiu bem. Mas acabou sendo dispensado após dois anos devido ao alcoolismo. Quando o Exército dispensou Dahmer, em 1981, eles lhe deram uma passagem de avião para qualquer lugar do país. Dahmer foi para Miami Beach, Florida, porque estaria "cansado do frio". Lá acabou preso por bebedeira e desordem no final de 1981.

Em 1982, Dahmer mudou-se para a casa da sua avó, em West Allis, Wisconsin, onde morou por seis anos. Durante esse período seu comportamento se tornou extremamente estranho. Cheiros terríveis vinham do porão, onde Jeffrey alegava dissolver cadáveres de esquilos e outros animais. Foi preso duas vezes por atentado ao pudor, em 1982 e 1986, sendo que da segunda vez teria se masturbado publicamente, diante de dois garotos. Foi condenado a um ano de prisão, no entanto só cumpriu 10 meses.

No verão de 1988, sua avó pediu-lhe que saísse de casa, devido às noitadas, sua estranha personalidade e os maus cheiros provenientes do porão. Dahmer mudou-se para um apartamento em Milwaukee's West Side.

Em 26 de Setembro de 1988 foi detido por drogar e molestar sexualmente Somsack Sinthasomphone, um garoto de 13 anos. Foi condenado a um ano num campo de trabalho para presos e cinco anos de condicional. Contudo, Dahmer convenceu o juiz que precisava de terapia, e foi libertado do campo de trabalho dois meses antes. Pouco depois começou sua onda de crimes, que só terminaram em 1991, com sua prisão definitiva.

Jeffrey Dahmer em foto tirada pela polícia quando preso em 1982

Homicídios
Jeffrey Dahmer cometeu seu primeiro assassinato em junho de 1978, quando tinha 18 anos. Seus pais saíram de casa e ele ficou sozinho. Dahmer deu carona a Steven Hicks e ofereceu para beberem uma cerveja juntos em sua casa, pretendendo fazer sexo com ele. Quando Hicks quis ir embora, Jeffrey o matou com um golpe violento na cabeça. Depois, enterrou-o no quintal.

Passaram-se nove anos até que Dahmer matasse novamente. Em Setembro de 1987, ele assassinou Steven Tuomi por impulso. Depois disso, Jeffrey continuou a matar esporadicamente: dois outros assassinatos em 1988 e mais um em 1989. Normalmente, pegava suas vítimas em bares gays, fazia sexo com elas e depois as matava. Ele preservou consigo o crânio de uma de suas vítimas, Anthony Sears, até o dia em que foi preso.

Em Maio de 1990, ele foi morar num apartamento que depois se tornou famoso: o apartamento 213 da rua 924 Norte, em Milwaukee. Logo em seguida Dahmer deu início a uma série de assassinatos consecutivos: quatro antes do final de 1990, dois em Fevereiro e Abril de 1991, e mais um em Maio.

Nas primeiras horas da manhã do dia 30 de Maio de 1991, Konerak Sinthasomphone, de 14 anos, (irmão mais novo do garoto que Dahmer tinha molestado cerca de três anos antes), foi encontrado nu na rua, sob influência de drogas e sangrando pelo ânus. Duas mulheres chamaram a polícia. Dahmer chegou em seguida, querendo levar consigo o garoto. Jeffrey disse aos policias que Sinthasomphone tinha 19 anos, era seu namorado e eles apenas tiveram um desentendimento enquanto bebiam. Contra os protestos das mulheres, a polícia deixou que Dahmer levasse o garoto. Na casa de Jeffrey, os policiais sentiram um odor estranho, mas não investigaram. O mau cheiro era do corpo de Tony Hughes, vítima anterior de Dahmer, cujo corpo estava se decompondo num quarto. Os dois policiais não fizeram nada para verificar a idade de Sinthasomphone, nem checaram o nome de Jeffrey Dahmer, que era fichado na polícia como criminoso sexual (molestador de menores) e ainda estava cumprindo condicional. Mais tarde, naquela mesma noite, Dahmer assassinou e desmembrou Sinthasomphone, guardando seu crânio como suvenir.

No verão de 1991, Dahmer matava aproximadamente uma pessoa por semana: Matt Turner (30 de Junho), Jeremiah Weinberger (5 de Julho), Oliver Lacy (12 de Julho) e Joseph Brandehoft (19 de Julho).

Dahmer achava que poderia transformar suas vítimas em “zumbis”: parceiros sexuais totalmente submissos e eternamente jovens. Para isso, ele fez furos nos crânios deles e injetou substâncias na região do lóbulo frontal, muitas vezes com as vítimas ainda vivas. Diferente da maioria dos serial killers, Dahmer matava vítimas de diferentes raças e etnias.

Vítimas de Jeffrey Dahmer
Prisão 
Em 22 de Julho de 1991, Dahmer atraiu Tracy Edwards a seu apartamento. Segundo Edwards, os dois lutaram, mas ele conseguiu escapar e chamar a polícia. Edwards conduziu os policiais até o apartamento de Dahmer. Jeffrey agiu cordialmente com os policiais, até que um deles foi verificar o quarto mencionado por Edwards, e lá encontrou diversas fotografias de partes de corpos humanos assassinados. Imediatamente o oficial informou seu parceiro, que subjugou Dahmer e o prendeu. O outro oficial, ao abrir o refrigerador, encontrou uma cabeça humana envolta em plástico. Ao vasculharem o apartamento, foram encontradas outras três cabeças, muitas fotografias das vítimas assassinadas e despojos humanos (incluindo diversas mãos e pênis), alguns deles guardados na geladeira.

A história da detenção de Dahmer e o inventário do apartamento 213 ganharam grande notoriedade: vários pedaços de cadáveres foram encontrados em vasilhas de ácido e um altar com velas e crânios foi descoberto no armário. Encontraram sete crânios, ao todo, no apartamento, e um coração humano no freezer. Dahmer foi acusado de praticar estupro, necrofilia e canibalismo.

Jeffrey Dahmer em foto tirada pela polícia quando preso em 1991

Julgamento
Jeffrey Dahmer foi oficialmente acusado de 17 assassinatos, que mais tarde foram reduzidos a 15. O julgamento começou em Janeiro de 1992. Apesar de todas as provas apontarem para ele, Dahmer declarou-se inocente alegando insanidade. O tribunal considerou Dahmer são e culpado dos 15 homicídios, condenando-o a 957 anos de prisão. Ao ouvir a sentença, Dahmer exprimiu remorso por seus atos e disse que desejava a morte.

Jeffrey Dahmer no tribunal, durante seu julgamento em 1992


Conversão e morte
Dahmer cumpriu pena no Columbia Correctional Institution em Portage, Wisconsin, onde se declarou “nascido de novo”, tornando-se cristão. Esta conversão ocorreu graças ao material evangélico enviado por seu pai. Um pastor local,  Roy Ratcliff, concordou em batizá-lo.


Em fevereiro de 1994, Jeffrey Dahmer deu sua única entrevista a Stone Phillips, para o Dateline NBC show. Ele falou sobre as razões porque cometeu os crimes, assumiu a responsabilidade por eles, demonstrou arrependimento e testemunhou a respeito de sua conversão.


Em 28 de Novembro de 1994, Dahmer e outro preso, Jesse Anderson, foram atacados de surpresa e espancados até a morte por Christopher Scarver, um colega de prisão. Dahmer morreu a caminho do hospital, devido a vários traumas na cabeça. Seu cérebro foi retirado e guardado para fins de estudo.

Jeffrey Dahmer no Dateline NBC show, em entrevista a Stone Phillips (fev.1994)

Extraído e adaptado de:

Lição 03 - A prática do bullying entre adolescentes

Entre os adolescentes, uma das formas mais comuns de causar mal a alguém é o bullying. Muitos têm sofrido com esse tipo de prática, especialmente comum entre colegas de escola, membros de equipes esportivas, ou mesmo entre amigos da igreja.

O termo bullying é utilizado para descrever atitudes agressivas e atos de violência física ou psicológica, intencionais e repetidas, praticadas por um indivíduo (ou grupo de indivíduos) com o objetivo de intimidar ou agredir uma determinada pessoa (ou grupo).

Os perseguidores usam principalmente uma combinação de intimidação e humilhação para atormentar as vítimas. Abaixo, alguns exemplos de práticas de bullying.
  • Insultar, xingar, humilhar ou depreciar alguém sem qualquer motivo.
  • Atacar alguém, machucando-o ou danificando material escolar, roupas, tênis, lanche, celular, equipamentos eletrônicos, etc.
  • Espalhar rumores negativos e fofocas sobre alguém, denegrindo sua imagem.
  •  Isolar alguém, afastando-o de qualquer amizade.
  • Usar as tecnologias de informação para praticar o cyberbullying (perseguir alguém por meio de e-mails, blogs, Orkut, MSN, Twitter, Facebook, texting ou torpedos agressivos).
  • Chantagear e ameaçar alguém.
  • Entre muitas outras, como: colocar apelidos pejorativos, ofender, zoar, humilhar, discriminar, excluir, ignorar, perseguir, aterrorizar, amedrontar, dominar, agredir, bater, chutar, empurrar, ferir, roubar, danificar pertences, enfim, causar sofrimento físico ou psicológico.
Segundo estudos, a maioria dos adolescentes já praticou, foi vítima ou testemunha de bullying

Os adolescentes cristãos podem sofrer ainda mais esse tipo de perseguição em função de sua conduta cristã no meio dos descrentes. Jesus já avisou sobre isso: “Bem-aventurados sois quando, por minha causa, vos injuriarem e vos perseguirem, e, mentindo, disserem todo mal contra vós” (Mt 5.10-12; 10.22).

Informe-se mais sobre esse assunto e converse com seus alunos. Acesse:

Lição 05 - As diferentes reações de Pedro



Pedro havia se esforçado a noite inteira e não tinha pescado nada! Era um pescador experiente – sabia o que estava fazendo. Estava cansado e já devia ter lavado as redes para guardá-las. Não era nada lógico nem conveniente voltar a lançá-las no mar.

Mas diante da ordem de Jesus: “Jogue as redes para pescar”, ele respondeu: “Já que é o Senhor que está mandando jogar as redes, eu vou obedecer” (conforme Lc 5.4-5 - NTLH).

Pedro obedeceu. Obedeceu porque era submisso à palavra do SENHOR.

Pedro é um personagem muito interessante. Sempre intenso no que fazia, nesse episódio ele desafia o que é natural a todo ser humano (a rebeldia, a conveniência e a desconfiança) para obedecer ao Mestre.

Em outros momentos, contudo, ele se mostrou hesitante e precipitado, ou ainda teve vezes que demonstrou boas intenções. Ele oscilava, da mesma maneira como nós oscilamos. Os textos a seguir descrevem algumas dessas situações:
  •       João 13.1-11 – Pedro dá respostas a Jesus sem pensar direito.
  •       João 13.36-38 – Pedro se precipita e promete o que não poderia cumprir.
  •       João 18.15-18; 25-27 – Por conveniência, Pedro nega a Jesus.
  •       João 21.15-23 – Pedro é restaurado por Jesus.

Lição 07 - As 10 "vaidades" de Salomão


Salomão, o escritor de Eclesiastes, insiste que muitas coisas que as pessoas consideram essenciais na vida, na verdade são apenas vaidade.

Para explicar que é vaidade, ele usa expressões como “correr atrás do vento” e inútil “debaixo do sol”.

“Tenho visto tudo o que é feito debaixo do sol; tudo é inútil, é correr atrás do vento!” (Ec 1.14 – NVI).

“Considerei todas as obras que fizeram as minhas mãos, como também o trabalho que eu, com fadigas, havia feito; e eis que tudo era vaidade e correr atrás do vento, e nenhum proveito havia debaixo do sol” (Ec 2.11). 

Dessa maneira ele pretende nos ajudar a entender que coisas passageiras não deviam sugar tanto tempo, energia e atenção de nossa vida.

Em Eclesiastes, Salomão destaca pelo menos 10 vaidades dos seres humanos:

1.   Ec 2.15–16
2.   Ec 2.19–21
3.   Ec 2.26
4.   Ec 4.4
5.   Ec 4.7
6.   Ec 4.16
7.   Ec 5.10
8.   Ec 6.9
9.   Ec 7.6
10. Ec 8.10,14
a sabedoria humana
o trabalho
o propósito humano
a rivalidade
a avareza
a fama
a insaciabilidade
a inveja
a frivolidade
as recompensas humanas


Lição 07 - É lícito, convém e edifica?

Lição 08 - Com Deus não se barganha

Lição 13 - As "mentiras" de Raabe e das parteiras de Moisés

1. O caso das parteiras hebreias


ÊXODO 1:15-21 - Como Deus poderia abençoar as parteiras hebreias, se elas desobedeciam a autoridade governamental (Faraó), estabelecida por Deus, e a ela mentiam?

PROBLEMA: A Bíblia declara que "não há autoridade que não proceda de Deus; e as autoridades que existem foram por ele instituídas" (Rm 1.3:1). A Escritura diz também: "Os lábios mentirosos são abomináveis ao Senhor" (Pv 12:22). Mas o Faraó (rei) do Egito tinha dado uma ordem direta às parteiras hebreias para matarem os meninos hebreus recém-nascidos. "As parteiros, porém, temeram a Deus, e não fizeram como lhes ordenara o rei do Egito, antes deixaram viver os meninos" (Êx 1:17).
As parteiras não apenas desobedeceram a Faraó como também, quando ele as questionou a respeito de suas ações, mentiram, dizendo: "É que as mulheres hebreias não são como as egípcias; são vigorosas, e antes que lhes chegue a parteira já deram à luz os seus filhos" (Êx 1:19). Apesar disso, Êxodo 1:20 afirma que Deus "fez bem às parteiras... ele lhes constituiu família"(Êx 1:20-21). Como então Deus pôde abençoar as parteiras por desobediência e mentira?

SOLUÇÃO: Não há dúvida de que as parteiras desobedeceram a Faraó, por não matarem os meninos hebreus recém-nascidos e por mentirem a Faraó com a história de que sempre chegavam tarde demais para cumprirem as suas ordens. Não obstante, há uma justificativa moral para o que elas fizeram. Primeiro, o dilema moral em que as parteiras se achavam era inevitável. Ou elas obedeceriam à lei maior de Deus, ou obedeceriam à obrigação secundária de se sujeitarem a Faraó. Em lugar de cometerem um deliberado infanticídio das crianças de seu próprio povo, as parteiras decidiram desobedecer às ordens de Faraó.
Deus nos ordena que obedeçamos à autoridade governamental, mas ele nos ordena também que não assassinemos ninguém (Êx 20.13). A salvação de vidas inocentes é uma obrigação maior do que a obediência ao governo. Quando o governo nos ordena matar vítimas inocentes, não devemos obedecer. Deus não considerou as parteiras responsáveis, nem assim ele nos tratará sempre que a questão for não obedecer a uma obrigação menor para atender a uma lei maior (cf. At 4; Ap 13). No caso das parteiras, a lei maior referia-se à preservação da vida dos recém-nascidos.
Segundo, o texto claramente afirma que Deus as abençoou "porque as parteiras temeram a Deus" (Êx 1:21). E foi o temor que elas tiveram por Deus que as levou a fazer o que quer que fosse necessário para salvar vidas inocentes. Assim, a falsa desculpa delas a Faraó foi uma parte essencial do esforço que despenderam para salvar vidas.
Terceiro, a mentira delas é comparável com sua desobediência a Faraó, para salvar a vida de recém-nascidos inocentes. Este era um caso em que as parteiras tiveram de optar entre mentir ou serem compelidas a matar bebês inocentes. Aqui também elas decidiram obedecer à lei moral maior. A obediência aos pais faz parte da lei moral (cf. Ef 6:1). Mas se um pai ou uma mãe dá ordens ao filho para assassinar uma pessoa ou para adorar um ídolo, ele tem de recusar-se a obedecer. Jesus enfatizou a necessidade de obedecer à lei moral superior quando disse: "Quem ama seu pai ou sua mãe mais do que a mim não é digno de mim" (Mt 10:37).

MANUAL POPULAR de Dúvidas, Enigmas e "Contradições" da Bíblia
Norman Geisler - Thomas Howe



JOSUÉ 2:4-5 - Como Deus pôde abençoar Raabe, tendo ela mentido?

PROBLEMA: Ao chegar a Jericó, os espias buscaram refúgio na casa de Raabe. Quando o rei de Jericó ordenou que Raabe entregasse os homens, ela mentiu dizendo que eles já haviam partido e que ela não conhecia seu destino. Entretanto, quando Israel finalmente destruiu Jericó, Raabe e todos os da sua família foram poupados. Como pôde Deus abençoar Raabe por mentir?

SOLUÇÃO: Alguns argumentam que não está claro que Deus tenha abençoado Raabe por ter mentido. Certamente ele a salvou e abençoou por ter protegido os espias e ajudado na derrota de Jericó. Entretanto, em nenhum lugar a Bíblia declara explicitamente que Deus abençoou Raabe por ela ter mentido. Deus pode tê-la abençoado apesar da sua mentira, e não por causa disso. Na verdade o ato de proteger os espias foi a demonstração de sua grande fé no Deus de Israel. Raabe acreditou firmemente que Deus destruiria Jericó, e demonstrou sua fé ficando ao lado de Israel contra o povo de Jericó, quando protegeu os espias de serem descobertos.
Outros insistem em dizer que Raabe enfrentou um real conflito de ordem moral. Era-lhe impossível salvar os espias e ao mesmo tempo dizer a verdade aos soldados do rei. Sendo assim, Deus não lhe imputaria a responsabilidade por esse inevitável conflito moral. Certamente uma pessoa não pode ser tida como responsável por não cumprir uma lei menor de forma a cumprir uma obrigação maior. A Bíblia ordena a obediência ao governo de um país (Rm 13:1; Tt 3:l; 1 Pe 2:13), mas há muitos exemplos de justificada desobediência civil, quando o governo atua no sentido de compelir a prática da injustiça (Êx 5; Dn 3,6; Ap 13). O caso das parteiras hebreias, que mentiram para salvar a vida dos meninos israelitas é talvez mais claro neste sentido (veja os comentários de Êx 1:15-21).

MANUAL POPULAR de Dúvidas, Enigmas e "Contradições" da Bíblia
Norman Geisler - Thomas Howe





Lição 13 - Deus se arrepende?

(Lição 16) Tesouros na terra (John Piper)

Buscando a Deus como o tesouro superior a todos os outros tesouros.
Por John Piper

A essência da adoração é ter Jesus como infinitamente valioso, acima de todas as coisas. As formas exteriores de adoração são atos que mostram quanto valorizamos a Deus. Portanto, toda a vida tem o propósito de ser adoração, pois Deus afirmou que, comendo, ou bebendo, ou fazendo qualquer outra coisa – toda a vida –, devemos fazer tudo para mostrar quão valiosa é a glória de Deus para nós.

Dinheiro e bens são uma grande parte de nossa vida; por isso, Deus tenciona que eles sejam uma grande parte da adoração. A maneira como adoramos com nosso dinheiro e bens é ganhá-los, e usá-los, e perdê-los de um modo que mostre quanto valorizamos a Jesus, e não o dinheiro.

Lucas 12.33-34 está relacionado ao padrão de como adoramos com nosso dinheiro (e, por implicação, está relacionado ao que fazemos com nosso dinheiro na adoração coletiva, conforme veremos em seguida). “Vendei os vossos bens e dai esmola; fazei para vós outros bolsas que não desgastem, tesouro inextinguível nos céus, onde não chega o ladrão, nem a traça consome, porque, onde está o vosso tesouro, aí estará também o vosso coração”.

Com base nesse texto, observe três ensinos importantes sobre o dinheiro.

1º Viva com simplicidade
Primeiro, ter Jesus como nosso maior tesouro transmite um forte impulso à simplicidade, e não à acumulação. Focalize por um momento as palavras “vendei os vossos bens”, no versículo 33. Com quem Jesus estava falando? O versículo 22 nos dá a resposta: “seus discípulos”. Ora, em sua maioria, eles não eram pessoas ricas. Não tinham muitos bens. Mas, apesar disso, Jesus disse: “Vendei os vossos bens”. Ele não disse quantos bens eles deveriam vender.

Conforme mencionado em Lucas 18.22, Jesus disse a um jovem rico: “Vende tudo o que tens, dá-o aos pobres e terás um tesouro nos céus; depois, vem e segue-me”. Nessa ocasião, Jesus instruiu o homem a vender todas as suas posses.

Quando Zaqueu encontrou-se com Jesus, disse: “Senhor, resolvo dar aos pobres a metade dos meus bens; e, se nalguma coisa tenho defraudado alguém, restituo quatro vezes mais” (Lc 19.8). Portanto, ele deu 50% de seus bens.

Atos 4.36-37 diz: “José, a quem os apóstolos deram o sobrenome de Barnabé, que quer dizer filho de exortação, levita, natural de Chipre, como tivesse um campo, vendendo-o, trouxe o preço e o depositou aos pés dos apóstolos”. Isso significa que Barnabé vendeu pelo menos um campo.

A Bíblia não nos diz quantos bens devemos vender. Então, por que ela nos diz que devemos vendê-los? Dar esmolas – usar o dinheiro para mostrar amor àqueles que não têm o necessário para a vida e não têm o evangelho (a necessidade para a vida eterna) – é tão importante que, se não temos dinheiro à mão, devemos vender algo para que possamos dar.

Agora pense o que isso significa no contexto. Os discípulos não eram pessoas ricas que tinham despesas além de suas condições, cujo dinheiro estava preso em títulos ou investido em imóveis. Muitas dessas pessoas têm, de fato, algumas economias. Mas Jesus não disse: “Usem um pouco do dinheiro de vocês para dar esmolas”. Ele disse: “Vendam algo e deem esmolas”. Por quê? A suposição é que essas pessoas viviam tão próximas do limite de suas condições, que, não tendo dinheiro para dar, precisavam vender algo para que pudessem dar. Jesus queria que seu povo se movesse em direção à simplicidade, e não à acumulação.

Qual é o ensino? O ensino é que existe na vida cristã um poderoso impulso à simplicidade, e não à acumulação. Esse impulso resulta de valorizarmos a Deus como Pastor, Pai e Rei mais do que valorizamos todos os nossos bens.


E o impulso é poderoso por duas razões. Uma é que Jesus disse: “Quão dificilmente entrarão no reino de Deus os que têm riquezas (literalmente, aqueles que têm coisas)!” (Lc 18.24). Em Lucas 8.14, Jesus disse que as riquezas sufocam a Palavra de Deus. Contudo, queremos entrar no reino de Deus mais do que desejamos ter coisas. E não queremos que o evangelho seja sufocado em nossas vidas.

A outra razão é esta: queremos que a preciosidade de Deus seja manifestada ao mundo. E Jesus nos diz que vender os bens e dar esmolas é uma maneira de mostrar que Deus é real e precioso como Pastor, Pai e Rei.

Portanto, o primeiro ensino de Lucas 12 é que confiar em Deus como Pastor, Pai e Rei transmite um forte impulso à simplicidade, e não à acumulação. E isso transforma a adoração que procede do íntimo do coração em ações mais visíveis, para a glória de Deus.

2º Acumule tesouros no céu
Mas há uma segunda lição a aprendermos no versículo 33: o propósito do dinheiro é maximizar nosso tesouro no céu, e não na terra. “Vendei os vossos bens e dai esmola; fazei para vós outros bolsas que não desgastem, tesouro inextinguível nos céus, onde não chega o ladrão, nem a traça consome”. Qual é a conexão entre vender os bens, para atender à necessidade de outros (primeira parte do versículo), e o acumular para si mesmo tesouro no céu (final do versículo)?

A conexão parece ser esta: a maneira como você faz bolsas que não desgastam e ajunta no céu um tesouro inextinguível é por vender seus bens e atender às necessidades dos outros. Em outras palavras, simplificar nossa vida na terra por causa do amor maximiza nosso gozo no céu.

Não entenda de modo errado este ensino radical, pois isto é o que Jesus pensa e fala em todo o tempo. Ter uma mentalidade do céu faz uma diferença radicalmente amorosa neste mundo. As pessoas que estão mais poderosamente convencidas de que o tesouro no céu é o que realmente importa, e não as grandes possessões acumuladas neste mundo, são pessoas que sonharão constantemente com maneiras de simplificar e servir, simplificar e servir, simplificar e servir. Eles darão, e darão, e darão. E, é claro, trabalharão, trabalharão, trabalharão, como Paulo disse em Efésios 4.28: “Aquele que furtava não furte mais; antes, trabalhe, fazendo com as próprias mãos o que é bom, para que tenha com que acudir ao necessitado”.

A conexão com a adoração – na vida e nos domingos – é esta: Jesus nos manda acumular tesouros no céu, ou seja, maximizar nosso gozo em Deus. Ele diz que a maneira como fazemos isso é vendendo e simplificando, por amor aos outros. Assim, ele motiva a simplicidade e o serviço pelo nosso desejo de maximizar nosso gozo em Deus; e isso significa que todo o nosso uso do dinheiro se torna uma manifestação de quanto nos deleitamos em Deus, acima do dinheiro e de todas as coisas. E isso é adoração.

3º Ame a Deus como seu maior tesouro
Mas há um terceiro e último ensino em Lucas 12: seu coração se move em direção ao que você ama, e Deus quer que você se mova em direção a ele. “Porque, onde está o vosso tesouro, aí estará também o vosso coração” (v.34). Essas palavras são apresentadas como a razão por que devemos buscar tesouros inextinguíveis no céu. Se o seu tesouro estiver no céu, onde Deus está, então ali estará o seu coração.

Ora, o que este versículo aparentemente simples nos diz? Entendo que a palavra tesouro significa “o objeto amado”. E a palavra “coração” entendo que significa “o órgão que ama”. Por isso, leio assim este versículo: “Onde estiver o objeto que você ama, ali estará o órgão que ama”. Se o objeto de seu amor é Deus, que está no céu, o seu coração estará com ele no céu. Você estará com Deus. Todavia, se o objeto de seu amor é o dinheiro e as coisas da terra, o seu coração estará na terra. Você estará na terra, separado de Deus.

Isso é o que Jesus pretendia dizer quando falou: “Ninguém pode servir a dois senhores; porque ou há de aborrecer-se de um e amar ao outro ou se devotará a um e desprezará ao outro. Não podeis servir a Deus e às riquezas” (Lc 16.13). Servir ao Deus dinheiro significa amar o dinheiro e seguir todos os benefícios que ele pode oferecer. Nesse caso, o coração segue o dinheiro. Mas servir a Deus implica amá-lo e buscar todos os benefícios que ele pode dar. Nesse caso, o coração segue a Deus.

E isso é adoração: o coração está amando a Deus e buscando-o como o tesouro superior a todos os outros tesouros.


Em conclusão, vamos relacionar esses três ensinos de Lucas 12.33-34 com o ato de adoração coletiva que chamamos de “ofertório”. Este momento e este ato serão adoração para você, não importando a quantidade ofertada – desde a pequena moeda da viúva às grandes quantias dos milionários –, se, ao dar, você disser, de todo o coração: “Primeiro, ó Deus, por meio desse ato, eu confio em ti como meu generoso e bendito Pastor, Pai e Rei, de modo que não temerei quando tiver menos dinheiro para mim mesmo, ao suprir as necessidades dos outros. Segundo, ó Deus, por meio desse ato, eu resisto a incrível pressão de nossa cultura para acumularmos cada vez mais e identifico-me com o impulso para viver em simplicidade por amor aos outros. Terceiro, por meio desse ato, eu acumulo tesouros no céu, e não na terra, para que meu gozo em Deus seja maximizado para sempre. E, quarto, com esta oferta eu declaro que meu tesouro está no céu e meu coração segue a Deus”.

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